No dia 25 de janeiro, tive a oportunidade de fazer a cobertura fotográfica da 62º Prova Pedestre 28 de Janeiro, um evento tradicional na cidade de Apucarana. O clima era de pura energia: dezenas de fotógrafos, cada um com seu estilo e equipamento, prontos para capturar momentos únicos em que o ser humano desafia seus próprios limites. Mas eu queria algo mais. Queria mostrar não apenas a ação, mas a essência do movimento. Foi aí que decidi aplicar a técnica de panning.
A prova de 10km começou às 20h, e o cenário noturno era um desafio e tanto. A iluminação era baixa, mas, em vez de ver isso como um obstáculo, encarei como uma oportunidade. O panning, com sua capacidade de criar efeitos de movimento e velocidade, era a técnica perfeita para transformar aquele momento em algo visualmente impactante.
Por que o Panning?
O panning é uma técnica que sempre me fascinou. Ele permite que o fotógrafo "desenhe" o movimento na imagem, criando um contraste entre o fundo borrado e o assunto principal nítido. Na fotografia esportiva, isso se traduz em imagens que transmitem não apenas a ação, mas a intensidade e a emoção do momento. E, naquela noite, eu queria que minhas fotos contassem a história daqueles corredores, sua dedicação e superação.

ISO 1600 . f/4 . 1/25s
O Desafio da Baixa Iluminação
Fotografar à noite sempre exige um pouco mais de cuidado. A baixa iluminação pode ser um problema, mas também abre portas para resultados incríveis. Para o panning, ajustei minha câmera para uma velocidade de obturador mais lenta, entre 1/15 a 1/80 segundos, e aumentei o ISO para garantir que a imagem não ficasse subexposta. Usei uma lente com estabilização de imagem para minimizar tremidas e mantive o foco no modo contínuo (AI-Servo) para acompanhar os corredores em movimento, neste evento não levei o monopé, entretanto gosto de levá-lo devido ao peso do equipamento.

ISO 1600 . f/4 . 1/25s
O Momento Mágico
Posicionei-me em um ponto estratégico da prova, onde os corredores passavam em alta velocidade. A cada disparo, eu girava o corpo suavemente, acompanhando o movimento deles com a câmera. O segredo estava em manter o ritmo: nem muito rápido, nem muito devagar. O objetivo era criar aquela sensação de fluidez, como se o tempo estivesse se alongando naquele instante.
E então, veio o resultado. As fotos mostravam corredores em plena ação, com os rostos concentrados e os músculos tensionados, enquanto o fundo se transformava em um borrão de luzes e cores. Era exatamente o que eu queria: imagens que não apenas registravam o evento, mas contavam uma história.

ISO 100 . f/4 . 1/80s
Dicas para Quem Quer Experimentar
Se você também quer se aventurar no mundo do panning, aqui vão algumas dicas que aprendi na prática:
- Pratique Antes: O panning exige coordenação e timing. Treine em locais com movimento constante, como parques ou ruas movimentadas.
- Ajuste as Configurações: Comece com uma velocidade de obturador entre 1/30 e 1/60 e vá ajustando conforme a velocidade do objeto.
- Use o Tripé com Cuidado: Em alguns casos, um monopé pode ajudar a manter a estabilidade sem limitar sua mobilidade.
- Seja Paciente: Nem todas as fotos vão sair perfeitas, mas cada tentativa é um aprendizado.
Conclusão: Um Novo Olhar sobre a Fotografia Esportiva
Aplicar o panning na 62º Prova Pedestre 28 de Janeiro foi uma experiência incrível. Além de capturar a essência do movimento, pude explorar minha criatividade e mostrar um lado diferente do esporte. Para mim, a fotografia é isso: uma forma de ver o mundo de maneira única e compartilhar essa visão com os outros.
E você, já experimentou o panning? Compartilhe suas experiências! Vamos trocar ideias e inspirar mais fotógrafos a explorarem técnicas criativas. 😊📸

ISO 1000 . f/4 . 1/15s